Nas aulas de
Português, os alunos da turma A do 7.º ano de escolaridade conheceram o
escritor angolano Ondjaki e dois contos da obra Os da minha rua. «Bilhete com foguetão» despertou sentimentos de
mágoa e tristeza. Já o conto «Os calções verdes do Bruno» fez lembrar o
primeiro amor e a primeira carta redigida. Sobre esta última história, os
discentes registaram por escrito os seus comentários críticos. Posteriormente,
em articulação com a disciplina de TIC, passaram os seus textos para o formato word. Os alunos, a professora de
Português, Maria Inês Marcelino, e o docente de TIC, Vítor Araújo, recomendam a
leitura.
O
comentário azul do Davi
O nome do
conto que li é “Os calções verdes do bruno”, retirado da obra feita pelo
escritor angolano Ondjaki, com o nome de Os
da minha rua. O conto é sobre um rapaz com o nome de Bruno que, num certo
dia, não veio com seu vestuário normal, mas com um vestuário em que a única
expressão que encontrei para o vestuário é “todo cheio de mania”, pois queria
impressionar uma rapariga chamada Romina. O Bruno trazia uma roupa de encontro
e fazia uma carta tão poética como “uma obra de Shakespeare”.
Eu até gostei
mais deste conto do que o outro (“Bilhete em foguetão”)! Em primeiro lugar,
representa as tentativas de um jovem rapaz para tentar impressionar uma jovem
rapariga (vestir roupas formais e fazer cartas poéticas). Em segundo lugar,
representa as “fofocas” que acontecem entre o terceiro e o sétimo anos.
Desta vez, as
expectativas não foram “por água abaixo”, mas “salvas por um salva-vidas".
Tal como esperei que fosse, li uma história sobre uma mudança de estilo de um
certo personagem.
Eu tive
aquele sentimento de comédia e de felicidade, porque se eu me sentisse como o
Ondjaki, eu iria também ficar espantado pela mudança drástica de visual de um
amigo.
O autor desta
vez adicionou uma palavra estranha, e essa palavra é “mujimbo”, parece o nome
de um jogo de tabuleiro oriental (ou seja, asiático), tal como o “Mikado” que é
um jogo de tabuleiro que é sobre tirar pauzinhos coloridos finos como “um
espeto de espetada” sem tocar nos outros. Também me impressiona a palavra
“camarada” que é usada como “amigo” ou “colega”, mas, em angola, significa
“senhora”. Tirando isto e pequenas mudanças de gramática, não tem mais nenhum
problema.
Este conto,
como o outro, tem o tema de “amor”, mas eu recomendo outras pessoas a ler este
conto, porque, em primeiro lugar, é divertido ver experiências de outras
pessoas. Em último lugar, podemos aprender umais uma coisa ou outra com
experiências passadas por outras pessoas.
Davi Ouro Preto
O nome do
conto chama-se “Os calções verdes do Bruno”. O nome da obra é Os da minha rua. O nome do autor é
Ondjaki. Esta história trata de um rapaz chamado Bruno com quem todos ficaram
espantados por causa de ele ter ido para a escola mais limpo. A sua blusa
vermelha tinha sido substituída do por outra, também os seus calções verdes
justos com duas barras brancas, a sua pele cheirava a sabonete azul limpo, as
suas unhas estavam cortadas e limpas, o seu cabelo lavado e cheio de gel e os
seus óculos até estavam limpos, tortos, mas limpos.
No geral, o
texto agradou-me, principalmente quando as pessoas ficaram espantadas com o
estilo do Bruno.
A minha parte
favorita desta história foi quando o Bruno entrou dentro da sala e todos ficaram
a olhar para ele porque não sabiam o que se passava com ele.
Quando eu
ouvi o nome do título, eu imaginava um rapaz que usava os seus calções verdes
todos os dias e, quando ouvi, não era o que eu pensava.
Os meus
sentimentos acerca desta história são positivos (feliz, animada) porque há
certas partes desta história que dá para ficar feliz.
A maneira
como o escritor escreveu esta história está muito bem, é uma bela história para
todos lerem.
Concluindo, esta
história agradou-me muito, especialmente quando o Bruno foi todo perfeito para
a escola.
Eu recomendo
a leitura desta história a todas as pessoas do planeta porque está muito bem
contada e muito bem organizada.
Elsa Carreiro
Paixoneta do Bruno
O conto “Os
Calções Verdes do Bruno”, da obra Os da Minha Rua, escrita por Ondjaki,
fala sobre a paixão de um dos amigos do narrador da história, chamado Bruno e o
seu amor por uma colega e de como isto o afetou de forma positiva.
No geral,
apreciei a história, pois conta aos leitores como o amor pode alterar uma pessoa
de maneira positiva, ainda mais um pré-adolescente, como o Bruno, um dos amigos
do narrador. Além disto, apreciei juntamente a forma como o conto retrata como
uma pessoa age quando está “perdida de amores” por outra. Sendo assim, a minha
parte preferida foi quando o Bruno entrou na sala de aula totalmente alterado
de maneira positiva.
Relativamente às
expectativas que tive antes da leitura da obra, não as confirmei todas. “Jurava
a pés juntos” que a história falaria apenas sobre um dos amigos do narrador que
comprou uns calções novos e não a parte da paixoneta do mesmo.
Durante a leitura
do conto, apercebi-me de que “nem tudo é o que parece” e que devemos sempre
investigar antes de julgar algo ou alguém. Ademais, senti as mesmas emoções que
as personagens, tal como o espanto, pela forma de como o Bruno usara as roupas
novas; a paixão, por causa da forma como ele agia devido ao amor por Romina;
senti ainda o amor, um sentimento diferente da paixão – e que é, em meu ver, algo
que surge normalmente na pré-adolescência e que atualmente é muito comum, mas
quase nunca se transforme no real amor – que pode vir a tornar-se num real amor
pela forma como o Bruno usa e usufrui das palavras.
Como diz a frase,
acabada de ser criada por mim, “Abraça o estranho e o que não conheces”. Esta é
perfeita para caracterizar como me sinto em relação à escrita do autor,
Ondjaki. Verifica-se uma maneira de escrever diferente do português europeu,
porém que se entende perfeitamente bem. Há certas expressões e certas palavras exóticas
que conseguimos entender pelo contexto. Para resumir tudo isto, apreciei a
maneira diferente de escrever de Ondjaki.
Em suma, a minha
apreciação do conto aconteceu pela maneira como retrata o amor na
pré-adolescência e adolescência e pela forma como ele muda uma pessoa. Com
isto, recomendo a leitura, não só do próprio conto, mas da obra Inteira, pelos
assuntos referidos e pela maneira diferente de escrever de Ondjaki. Além destas
razões, é ainda interessante, divertido, de fácil leitura e nada maçador.
João
Raposo
Texto agradável
Este texto
foi tirado da obra Os da minha rua,
tendo como título “Os calções verdes do Bruno” e foi escrita por um senhor
angolano chamado Ondjaki. O texto fala de um menino, o Bruno,
amigo do narrador, que estava apaixonado. Bruno costumava ir
sempre som a mesma roupa para a escola, uma blusa vermelha e os calções dele
verdes justos, com duas barras brancas. Substituiu a blusinha por uma de manga
curta esverdeada e flores brancas tipo Havai. A pele cheirava a sabonete azul,
as orelhas sem cera, unhas cortadas, enfim... limpo, bonito e cheiroso, mas o
porquê de chegar assim à escola? Ele estava apaixonado pela Romina.
Na minha
opinião, este texto é agradável porque o bilhete que ele fez não foi mandado à
pessoa errada, como na história “Bilhete com foguetão”, e não aconteceu nada
muito vergonhoso.
Quando li o
título do conto, pensei logo que era um menino que encontrou uns calções verdes
muito lindos, mas também muito caros, e a mãe não os deixara comprar, pois não
tinha necessidade. Depois de ouvir a leitura, fiquei confusa, o que eu imaginei
era completamente diferente. Senti-me desentendida porque o que eu pensei não
tinha nada a ver com o conto.
O autor
escreve muito bem e é muito criativo, pois consegue arranjar um conector para
juntar duas palavras a fazerem sentido.
Concluindo, o
conto é agradável, não tem nada vergonhoso, nem nada do tipo. Eu recomendaria a
leitura a amigos e familiares, eles iam gostar muito do texto.
Lara Quental