Leituras concelhias (NOVIDADE)


Gorete Dutra sugere…


LER, porquê?



Há vários tipos de livros, uns que nos fazem sonhar, viajar, sorrir, outros que nos fazem chorar e ainda, aqueles com os quais nós nos identificamos com alguma das personagens ou, simplesmente, com a história.
Todos nós deveríamos ter o hábito de ler, porque com a leitura adquirimos conhecimentos e enriquecemos os que já possuímos, exercitamos a mente, damos azo à imaginação e, por momentos até esquecemos a rotina, as correrias do dia a dia, o stress, enfim conseguimos descontrair.
Proponho a leitura do Livro Abraçar uma Estrela, do Autor Adélio Amaro. 

Eu gostei muito de ler este livro de poesia, porque fala de amor e nos faz sonhar e viajar por todos os locais referidos pelo autor. No meu entender, “abraçar uma estrela” não se refere a uma estrela propriamente dita, mas no sentido figurativo, para descrever o seu grande amor.
Aconselho a todos a leitura deste livro de poesia e, que cada um de nós consiga abraçar a sua estrela.






Telma Mendonça sugere…






        Telma Mendonça, atualmente desempregada, vive na Vila de Nordeste e aconselha a leitura de NORA ROBERTS.
Escritora de ficção feminina mais célebre e amada dos nossos dias de hoje. Já foram adaptados para o cinema mais de 150 livros. «Adoro as suas histórias porque têm sempre romance e suspense envolvido e é uma leitura viciante. Já li imensos livros e muitos mais há para ler. Recomendo qualquer um, pois acredito que todos eles valem a pena.
O último livro que li foi "Refém do Amor", uma negociadora de reféns, mãe solteira que tenta construir uma carreira num mundo dominado por homens. Não tem tempo para o romance. Torna-se alvo de um assassino psicopata desejoso de destruir a sua vida profissional. Cativante do princípio ao fim. Atualmente, muitos dos seus livros estão adaptados em cinema e podem ver-se na Fox Life...mas meus queridos leitores não há nada como ler um livro primeiro porque os pormenores dos seus livros absorve-nos de tal maneira que nem queremos parar.
Depois digam-me se não tenho razão.
Boas Leitura!»












Fátima Teves sugere…



LER, para quê?


            Ler para, acima de tudo, aprender e como um excelente passatempo.




LER, o quê?


        O Lago Místico da escritora americana Kristin Hannah.
Ao ler este livro fiquei muito sensibilizada porque a autora, Kristin Hannah, consegue descrever de uma forma extraordinária o mundo através dos olhos de uma criança perturbada pela morte da mãe.
A sua luta para compreender o seu lugar em um mundo aonde ela é uma criança sem mãe. Daí pensar que está a desaparecer para poder ter acesso ao mundo espiritual onde a mãe está agora.
Kristin Hannah escreve sobre relações que tocam e dão forma à nossa vida. A maioria dos seus livros ”é centrada em uma mulher que se transforma, uma coisa que pode acontecer em qualquer momento da nossa vida e que sempre traz uma série de escolhas e desafios inesperados.”








Alexandra Cabral Mestre sugere…




- Alexandra Cabral Mestre , 35 anos, Assistente Técnica na Rede Integrada de Apoio ao Cidadão, Presidente da Junta de Freguesia, Bombeira de 3.ª classe, mãe de dois rapazes e dona de casa nos tempos livres, quando há. 
- Passatempos neste momento: trabalhar e aproveitar o tempo livre que se tem para estar com os filhotes... leitura e escrita, foram deixados para último plano nos últimos anos.




Livro Proposto... Queimada Viva

História de uma miúda de 17 anos, sim, uma miúda, que estava apaixonada. Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá-la com gasolina e queimá-la. Souad sobrevive por milagre. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la. Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida.
Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o "atentado" à honra da sua família é um "crime" que ainda não prescreveu. Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre p sofrimento e a morte de milhares de mulheres...



Por quê escolher este livro?



Muitos dos jovens de hoje, provavelmente, não estarão tão atentos ao que se passa no resto do Mundo. Muitos/as devem pensar, ao ver o propósito desta história, "Oh, mas como é possível?", "Não, isso não acontece"...
O que é certo é que nem tudo pode ou deve ser tomado por garantido, pois a história de Souad e de muitas outras mulheres, no Mundo Ocidental reportam-nos a histórias que só se passariam em cidades/aldeias/vilas do 3º Mundo, mas não. Engane-se quem julgue que, realmente, é possível que, nos dias de hoje, ainda se assista a atos hediondos desta natureza.
Muitas são as histórias de mulheres que são queimadas quer pelo fogo, quer por ácido (no rosto), que são apedrejadas em praça pública, enterradas vivas e depois apedrejadas, só e apenas porque se apaixonaram por alguém que não aquele cuja família escolheu para elas.
Quem tiver oportunidade de ler este, ou estes livros, acerca desta temática verá que, realmente, devem agradecer viverem livres numa sociedade que tudo tolera.
Sinal de que ainda há coisas e mentalidades que não mudaram, que há, num mundo tão grande como o nosso tanta desigualdade de direitos, de leis, de educação, de culturas, onde devemos, acima de tudo respeitar e ser as vozes destas mesmas mulheres.









António Manuel Correia Rocha sugere…



- Professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) na EBS de Nordeste.
- Cargos: Coordenador Departamento de Ciências Sociais e Humana (DCSH).
- Coordenador do ProSucesso – Projeto NordestEduca.
- Presidente do Conselho Pedagógico.



LER, para quê?

Ler, leva-nos a desenvolver a excecional capacidade de superação da imaginação sobre a, nem sempre facilitada, experiência da realidade. Numa qualquer dinâmica de leitura, para além de podermos viajar, criar, especular, sonhar, idealizar, exercitamos a racionalidade, aprumamos a linguagem e retificamos a nossa forma de escrita (ortografia). LER é, portanto, um extraordinário processo de aprendizagem em que o aprendiz é, em simultâneo, autor, ator e mestre. 



LER, o quê?


Começo por destacar a obra Há vida em mim, do médico pediatra Nuno Lobo Antunes, cuja capacidade para prender a atenção das pessoas é fenomenal. No seguimento da leitura envereda-se por um crescendo da proximidade afetiva e relacional. O leitor, começa a ser tratado por um mais distante "você" até, com a evolução da relação autor/leitor (e num paralelismo com a nossa vida), ao mais próximo "tu", do livro que nos (re)conhece. No livro, Lobo Antunes faz uma retrospetiva da sua história como clínico, tendo cada capítulo a  curiosidade de se apresentar como um dia da semana, como um diário. O livro é  «delicioso, devendo a sua leitura ser saboreada, viajando os nossos sentidos para longe, sentindo-nos seus atores, atrizes ou mesmo coautores". Deste livro deixo-vos a citação "Não me posso queixar porque há vida em mim", onde se procura evidenciar o valor supremo que é a vida. 


Uma outra obra que considero marcante é Vida sem limites, de Nick Vujicic, livro autobiográfico deste autor, que nasceu com múltiplas deficiências motoras, e em que explica os ensinamentos que a sua condição humana lhe conferiu. O autor, que descreve na primeira pessoa a sua vida, entendeu sempre superar as muitas dificuldades que se lhe foram deparando, concebendo que outros podiam estar pior que ele, e que a melhor maneira de as ultrapassar seria decompor as grandes dificuldades em pequenas, encontrar pequenos objetivos e dar pequenos passos.
Como nos refere Nick Vujicic, neste seu testemunho da força de vontade, é necessário tomar decisões e agir, agarrando oportunidades, ultrapassando dificuldades e, assim, crescendo. Parafraseando ainda o autor, uma vida com significado é aquela em que temos uma necessidade de autoavaliação permanente. 
Por isso e, citando o título de um capítulo da obra "Ama o teu imperfeito como eu amo o meu", fica o desafia a todos nós para que, sem máscaras e sem vergonha das nossas eventuais condições, sejamos capazes de ultrapassar as dificuldades e nos respeitarmos e ao próximo. Em jeito de conclusão, convido-vos a um olhar reflexivo acerca da passagem do livro apresentado: "quando caíres com a cara no chão não deixes que esta crie raízes".